Reflexos do Cotidiano: elementos da Terra inspiram a cerâmica de Sarah Bonanno
Conheci a Sarah, da Sarú Atelier, no Studio Fika, em São Paulo, onde faço aula de cerâmica há quase 3 anos.
Com fala doce e muito adorável, logo trocamos uns papos de corredor – ou melhor, de esmaltação – e, na sua arte e bom gosto, super me identifiquei.
Sarah Bonanno é uma arquiteta que trocou as pranchetas pela argila. Com um sorriso que reflete a luz natural que tanto a inspira, Sarah me recebeu em seu novo ateliê, o Estúdio Aterre, pra contar sua trajetória encantadora na cerâmica.
Sara Bonnanno e a Coleção Duna
Mudança de Rumo
“2020 foi um ano de chacoalhões, não é mesmo?”, começa Sarah, com um tom descontraído. Ela conta que, apesar de amar a arquitetura, sentia que algo estava faltando. Foi então que a cerâmica entrou na sua vida, como um sopro de ar fresco. “O poder da criação livre e a rápida materialização das ideias me deixaram completamente apaixonada”, diz, com brilho nos olhos.
Inspiração na Simplicidade
Ao perguntar sobre suas fontes de inspiração, Sarah revela que a beleza das coisas ordinárias é seu maior combustível criativo. “A luz natural e a natureza me instigam a olhar com mais atenção. Transformar o que vejo em peças é um prazer imenso”, compartilha. E é essa conexão com o cotidiano que resulta em criações tão autênticas e cheias de vida.
O Processo Criativo
A jornada de criação de uma peça começa com esboços. “Vindo da arquitetura, sempre desenhei muito. Quando uma ideia surge, é hora de rabiscar possibilidades”, explica. O processo é meticuloso: cores e combinações são estudadas até que a peça comece a ganhar forma. “Acabo criando quase que uma família de peças, cada uma com sua personalidade”, diz Sarah.
Desafios e Ressignificações
Como toda arte, o caminho nem sempre é fácil. “O processo é longo e muitas vezes o resultado não é o que imaginamos. A ressignificação do que não saiu como esperado é um grande desafio criativo.” A capacidade de olhar para o erro e encontrar beleza nele é algo que a inspira a seguir em frente.
Equilíbrio entre Estética e Funcionalidade
Falando sobre suas peças, Sarah destaca a busca pelo equilíbrio entre estética e funcionalidade. “Minhas criações são voltadas para a decoração, mas sempre com um toque de delicadeza. Quero que as pessoas sintam suavidade ao olhar”, diz. É essa preocupação que transforma suas obras em verdadeiros objetos de alegria nas casas dos seus clientes.
Uma Marca Pessoal na Argila
A marca registrada de Sarah? A modelagem manual e a liberdade na composição de elementos soltos. “É assim que crio coleções únicas, como os vasos da coleção Duna e a bandeja Amar”, conta, claramente orgulhosa do resultado. Ela se permite brincar com cores, que vão desde terrosas até tons potentes, seguindo um fluxo criativo que se revela a cada dia.
A Cerâmica como Elemento de Alegria
Quando falamos sobre como vê suas peças nas casas, Sarah é enfática: “Quero que tragam a ideia do feito à mão, longe da urgência do dia a dia. Acredito que possam ser pontos de alegria.” E essa conexão emocional é o que torna sua cerâmica tão especial.
Memórias
Sarah compartilha que as reações mais memoráveis vêm dos clientes que, ao ver suas produções, sentem terem escolhido a peça ideal, a que estava faltando para completar a decoração. “Levar um ponto de ‘luz’ no dia a dia das pessoas é o que mais me satisfaz”, diz, refletindo sobre seu impacto positivo no cotidiano.
Novidades no Horizonte
Para os fãs de suas criações, Sarah tem novidades! Uma collab super especial com Luiza Dias, da Studio 111 está a caminho, trazendo acessórios (colares, brincos, pulseiras) em cerâmica. “É um desafio diferente e estou adorando! Lançaremos em dezembro, então fiquem de olho!”, anima-se.
Entre Criações e Reflexões
Enquanto fala sobre sua rotina, Sarah menciona que está mergulhando no livro “Uma Questão de Vida ou Morte” de Irvin D. Yalom. “É incrível refletir sobre o que realmente importa no final”, diz, com um olhar introspectivo. Acompanhada pela trilha sonora de Macaron Projects, a artista encontra seu ritmo de produção e reflexão.
Neste papo leve e descontraído, fica claro que a cerâmica de Sarah Bonanno é muito mais do que arte; é uma forma de conexão, um convite à apreciação do cotidiano e uma celebração da beleza que existe nas pequenas coisas.
Além da Sarú, Sarah comanda, ao lado da ceramista Mari Milo, o Estúdio Aterre nos Jardins e convida você a conhecer e a experimentar uma aula com as mãos no barro e o coração na arte.
O Estúdio Aterre fica na Alameda Franca, 1050, SP - @estudioaterre no Instagram
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Fotos: Mag. Living e Matheus Veloso